terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que é um transtorno compulsivo?



Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, jogar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Deve-se deixar claro porém que para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos, devem ocorrer em uma frequência bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o Transtorno Obsessivo-Compulsivo estará entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doença . A compulsão acomete de 2 a 3% da população. E a idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres.

O que se sente?
Frequentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas idéias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia.
As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento.


Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.

Como se trata?
O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas. Em casos resistentes às terapias convencionais e naqueles em que há a concomitância com sintomas delirantes, a associação com medicações antipsicóticas pode ser feita com melhor resposta.

Entrevista com a psicóloga Flávia Germano

Entrevista com a psicóloga Flávia Germano by apostandotudo

Apesar dos jogos de azar serem proibidos no país, muitos brasileiros ainda não conseguem largar o vício

No primeiro levantamento do gênero realizado no país, concluiu-se que 4 milhões de brasileiros têm problemas com o jogo. Ele está, apenas, atrás do álcool e do cigarro. Cerca de 2,3% da população brasileira é composta de jogadores, entre esses números 1% dos jogadores são compulsivos.

Para evitar o vícios, os jogos de azar foram proibidos no Brasil desde 1946, pelo General Eurico Gaspar Dutra, com a intenção de evitar o vício. Ou seja, desde os anos 40 os cassinos são ilegais no Brasil, o que não diminui o problema do vício nos jogos.

O controle dos impulsos e a capacidade de julgamento são igualmente afetados no cérebro dos viciados, fazendo-os empreender uma busca irracional por recompensas, sob a forma dos objetos dos seus vícios. Surgem vários debates a fim de saber se os dominados pelos vícios têm ou não o poder de escolha sobre os seus comportamentos. A doença provoca desvios de conduta irracionais que levam a atitudes incompreensíveis para os outros. 

Especialistas afirmam que o vício não é resultado de escolha consciente, e, sim, um efeito da doença e não a sua causa. E, além disso, o vício interfere nos mecanismos de recompensa do cérebro de maneira a ativar ainda mais o desejo do indivíduo. Profissionais dizem também, que é preciso parar de moralizar, culpar ou tentar controlar os viciados. O certo é criar oportunidades para essas pessoas obterem ajuda para a escolha do tratamento mais adequado a cada caso em particular.

Entrevista com uma ex-jogadora de Bingo: Isabel Santos

O repórter Jarbas Falcão entrevistou a sra. Isabel Santos. Além de ser uma ex-jogador de Bingo, Isabel conta como lidava com a compulsão por essa modalidade de jogo de aposta. Confira!





Entrevista Jarbas by apostandotudo

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A legalidade da Loteria Federal

A loteria certamente é um dos jogos mais apostados e praticados por pessoas que toda semana acreditam na sorte, mesmo sem nunca ter visto a cor do prêmio em suas mãos. E aqueles que nem tem o costume de jogar, mas são atraídos pela alta quantia do prêmio e apostam na sua sorte mesmo não acreditando nela. Para muitas pessoas os jogos disponibilizados nas loterias, entre eles a Mega-Sena, são considerados jogos de azar e para outros não. Pelo contrário: são jogos que envolvem sorte mesmo quando não se ganha absolutamente nada em nenhuma aposta. 

São considerados jogos de azar qualquer jogo em que o ganho e a perda dependem exclusivamente da sorte. A loteria tem essas características de jogos de azar, por dependerem apenas da sorte do apostador em acertar determinada quantidade de números sorteados. A mesma é permitida pelo Estado, determinando para tanto autorização legal. Nesse caso específico, promover loteria sem autorização legal é considerada contravenção por outros artigos da lei supracitada. 

As loterias administrativas pela Caixa Econômica Federal são regidas por leis, as mesmas que declaram os jogos de azar contravenções penais no Brasil. A importância do controle do estado sobre as loterias diz respeito basicamente à destinação de parte dos recursos arrecadados para fins sociais. O diferencial das loterias da Caixa para outras loterias, que não dão essa destinação ou o fazem em pequena quantidade. Os jogos de azar canalizam recursos para atividades particulares ou ilícitas.

O Ministério Público Federal ingressou em várias partes do Brasil com ações diretas de inconstitucionalidade contra as loterias, mas em todas o Supremo Tribunal Federal legitimou as loterias federais e declarou a ilegalidade de outras ações de  jogos considerados de azar.

Jogos da Loteria Federal

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A vida de luxo dos cavalos de corrida

Eles estão entre os animais mais rápidos do mundo. Os cavalos de corrida treinam duro, mas não é só isso que garante o sucesso desses animais. Eles recebem cuidados especiais e muitos mimos.

Veterinários, nutricionistas, tratadores e treinadores cuidam da rotina dos eqüinos. No Jockey Club de Hong Kong, por exemplo, tem aacupunturista pra garantir que, no dia da apresentação, os cavalos estejam tranqüilos, saudáveis e felizes. Além disso, eles têm de estar lindos, esbeltos e elegantes.

É por isso que, normalmente, esses cavalos valem uma fortuna e os donos não economizam na hora do cuidado com os animais.

A etapa brasileira do Circuito Mundial de Hipismo em 2010, no Rio de Janeiro, trouxe cavalos que chegam a valer mais de 10 milhões de reais. Mas a recompensa por todos esses mimos e regalias vem na hora da corrida. Na etapa brasileira os cavaleiros competiram por prêmios que somam aproximadamente US$ 2 milhões.

O luxo da vida dos cabelos se reflete no esporte. O hipismo, apesar de ter sido popularizado no Brasil depois da conquista das medalhas olímpicas de 1996, 2000 e 2004, ainda é considerado esporte da elite e movimenta um mercado de luxo de grande proporção no país.

Marcas famosas como a BMW patrocinam os atletas do ramo com o intuito de chamar a atenção dos consumidores classe A/B que acompanham as competições.

O consumo de luxo relacionado ao esporte não envolve apenas os produtos destinados ao bem-estar dos animais, mas também envolve roupas para os cavaleiros. Um exemplo do potencial desse mercado no Brasil é o nascimento da grife brasileira Dressur, voltada para esse nicho. Além da abertura da primeira loja física da italiana Cavalleria Toscana no país em 2011, que até então só tinha filiais na Itália.

Modalidades de apostas do Jockey Club

Turf Brasil

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quando pequenos prazeres se tornam vícios

Cerca de quatro milhões de brasileiros tem alguma relação com o jogo e muitos jogadores não sabem a hora de parar quando estão perdendo


Diversão, prazer, sorte. Com as cartas na mesa as palavras de quem participa definem um dos jogos mais populares do mundo, o poker. No entanto um problema que assombra muitos jogadores é a falta da capacidade de saber parar quando é preciso. Em muitos casos, a realidade é percebida tarde demais. "Comecei jogar poker de brincadeira com os amigos do trabalho e eu fiquei totalmente viciado. Chegávamos a apostar muito dinheiro e, quase sempre eu me dava bem. Depois as coisas começaram a mudar e quando eu percebi, já tinha perdido tudo", contou um ex-empresário que preferiu não se identificar.

No entanto, é importante destacar que nem sempre o hábito do jogo representa um vício. De acordo com o psiquiatra Ailton Vicente Rocha, apenas algumas pessoas são propensas a ter um comportamento obsessivo. “Nesses casos, basta jogar uma primeira vez para não conseguir mais se livrar do hábito. No entanto, quem não tem propensão ao vício, pode jogar quantas vezes for que isso não se transformará em uma doença”, diz. Outro ponto importante esclarecer é que qualquer um poder perder no poker, mesmo um profissional de classe mundial. Isto devido ao fator sorte. Não é possível estar completamente seguro de nada onde a sorte está envolvida.

Por ser um jogo estimulante, que trabalha o raciocínio, muitas pessoas pensam em abandonar o emprego e dedicar-se ao poker profissional em tempo integral. O dono do site Aulas de Poker Felipe Satori, resolveu pesquisar a fundo o assunto e hoje é um jogador profissional de sucesso. “Ouvi falar de um pessoal que estava ganhando dinheiro jogando poker, até se sustentando com o jogo, fiquei intrigado e resolvi arriscar”. No entanto, os jogadores experientes não recomendam. Só poderia fazer isso quem ganhasse mais com o poker do que com seu emprego, e, mesmo assim, se estivesse seguro de que as receitas poderiam se manter de forma consistente a longo prazo. O que se recomenda, então, é começar a explorar as próprias habilidades pouco a pouco: usar o tempo livre para jogar e treinar, aprender, ler sobre poker.


Algumas regras que bons jogadores seguem para evitar os lados escuros do poker:
  • Nunca jogue com dinheiro que você não tem condições de gastar. Nunca leve como garantido que ganhará. Mesmo que você consiga ótimas cartas, você pode ter má sorte. Vez após vez. O poker é assim mesmo.
  • Jogue num nível que concorde com suas finanças. Jogando num nível alto demais o fará cauteloso e assustado. Você jogará pior do que se você jogar num nível mais baixo, e seus oponentes serão melhores jogadores.
  • Não jogue quando está cansado. Ou bêbado. Ou zangado. Ou triste. Você vai fazer más decisões. Isto sai caro.

Pôquer


Regras do Pôquer

terça-feira, 4 de outubro de 2011

JOGO DO BICHO E A FISCALIZAÇÃO


          A ilegalidade do jogo do bicho não preocupa os apostadores que se arriscam todos os dias. Apesar da fiscalização, os pontos são fixos e acessíveis a todos. Os apontadores, pessoas que são responsáveis por anotar as apostas, se revezam de manhã, tarde e noite em diversos locais da cidade. Se for grande a quantidade de pessoas que circulam pelo local, filas são formadas ao redor dos apontadores, que às vezes montam até quiosques e usam cadeiras como estrutura para preencher  os blocos com as sequências numéricas do jogo do bicho.
          O Setor Bancário Sul é um dos lugares preferidos dos apontadores.  É ali que ficam expostos vários blocos de anotação para os clientes conferirem os resultados dos jogos. Os bicheiros criaram um verdadeiro negócio, com serviço telefônico à disposição dos clientes por 24 horas e, por meio de uma gravação, o apostador consegue o resultado dos últimos sorteios.

Fiscalizalição
          A atividade, apesar de acontecer no centro da cidade, comprova que a fiscalização em Brasília é fraca. Os apontadores sofrem flagrantes todos os dias, mas, mesmo assim, continuam atendendo dezenas de pessoas todos os dias.
          Compete à polícia civil investigar sobre a existência de jogos de azar. No Distrito Federal, qualquer delegacia pode atuar contra a contravenção. As diligências se efetuam quando há denúncias, que são raras. A responsabilidade da Polícia Federal é com relação aos crimes fiscais e, no caso dos jogos de azar, quando há lavagem de dinheiro.
           A atual estrutura policial-administrativa tem pouca eficácia para combater os jogos de azar em virtude da legislação limitante, considerando que o próprio Governo Federal é ator no mercado, quando, conforme a Lei, promove jogos conceituados de azar por intermédio da Caixa Econômica Federal.

Tabela do jogo do bicho

Policia fecha cassino em Brasília

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

JOGO PATOLÓGICO - Impulsividade e Jogos de azar



A impulsividade é um traço de personalidade presente em maior ou menor grau em todas as pessoas. Ela engloba características como espontaneidade, criatividade, irreverência, rapidez de resposta, precipitação e desorganização. Em Psiquiatria, impulsividade tem sido relacionada com transtornos do comportamento caracterizados por instabilidade afetiva e dificuldades em: sustentar atenção, reconhecer e se conduzir de acordo com regras sociais, tolerar o adiamento de uma gratificação, controlar impulsos agressivos.
Apesar de ser uma característica central em vários diagnósticos, impulsividade não recebeu grande atenção da Psiquiatria até o final da década de 80 e princípio dos anos 90. Neste período, a Associação Norte-Americana de Psiquiatria publicou sua revisão da terceira edição do Manual Estatístico e Diagnóstico, DSM-III-R, que melhorou e ampliou a descrição de síndromes impulsivas classificadas na seção Transtornos do Controle do Impulso. Os transtornos incluídos nesta seção apresentavam em comum fracasso em resistir a um impulso perigoso para a própria pessoa ou para outros, tensão crescente ou excitação antes de cometer o ato impulsivo e alívio após sua realização. Arrependimento, auto-recriminação ou culpa são sentimentos que resultam frequentemente destes comportamentos. A seção inclui os seguintes diagnósticos: Transtorno Explosivo Intermitente, Cleptomania, Piromania, Jogo Patológico e Tricotilomania.
Dentre estes diagnósticos, Jogo Patológico tem recebido mais atenção, provavelmente por uma combinação de fatores: 1) fazer apostas é um comportamento bastante popular, mesmo entre pessoas que não apresentam problemas com isso; 2) a compulsão por jogo pode ter conseqüências devastadoras para o indivíduo e sua família; 3) jogos de azar são uma faca de dois gumes, de um lado podem auxiliar no desenvolvimento de uma indústria do entretenimento e aumentar a arrecadação de impostos, de outro pode facilitar lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e financiamento indireto do crime. Do ponto de vista subjetivo, a dependência de apostas é o que causa mais fascínio seja no clínico, ou no leigo. O primeiro contato com um jogador compulsivo marca porque observamos naquele indivíduo todas as marcas da dependência.
Mas o senso comum nos diz que estes comportamentos são causados pelo uso repetitivo de uma substância química. Onde estaria a “droga” do jogo? A resposta um tanto simplificada seria na aposta. O jogador tornou-se um dependente da excitação causada pelo ato de arriscar dinheiro ou outra forma valor. Somente esta sensação já basta para envolvê-lo, se em seguida ao ato de apostar, ele conseguir resgatar o prêmio – tanto melhor. Muitos jogadores compulsivos relatam uma grande vitória no começo do envolvimento com jogo, ou um período inicial particularmente lucrativo. Com o passar do tempo o acaso trata de equilibrar ganhos e perdas e o jogador aumenta o valor das apostas tentando experimentar novamente o prazer mais intenso dos primeiros dias felizes de jogatina. As dívidas começam a se acumular. Tentando reverter o quadro, o jogador aumenta ainda mais as apostas para recuperar o dinheiro perdido.
Os problemas se acumulam: atrasos de pagamento, reclamações da família, do empregador, dificuldade de concentração e esgotamento em virtude de noites sem sono na frente de uma máquina ou mesa de carteado. Às vezes, o dinheiro acaba, ou a família intervém forçando o jogador a interromper as apostas. Esta abstinência forçada causa inquietação, angústia e mais vontade de apostar. O jogador, então, toma dinheiro emprestado escondido, mente e reinicia este comportamento circular numa espiral descendente.

Mas por que algumas pessoas farão apostas de vez em quando e não terão qualquer problema com isso e outras se tornarão compulsivas?Quais seriam os fatores de risco? As investigações neste campo ainda são iniciais, mas algumas características foram descritas como mais comuns em jogadores compulsivos: abuso emocional ou abandono na infância, ser portador de outros transtornos emocionais e psiquiátricos e ter história familiar de dependência química ou de jogo na família. Parece haver um componente genético inegável nesta associação familiar entre jogo e dependência química. A grande questão é o que está sendo transmitido pelos genes.
Certamente não é a doença, pois a mesma depende de contato com fatores externos para se desenvolver, então acredita-se que seja um fator de vulnerabilidade que pode se manifestar, ou não, dependendo da história do sujeito. O próximo passo, então, é saber se tal vulnerabilidade pode ser identificada previamente por meio de exame ou observação direta. As pesquisas nesta área ainda não produziram resultados generalizáveis, contudo estudos de seguimento de adolescentes identificaram a impulsividade como um dos fatores determinantes de envolvimento progressivo com jogos de azar. O que nos leva de volta ao princípio deste texto. Impulsividade é um traço de personalidade em parte determinada por fatores genéticos.
Assim como outras características de personalidade, ela não é necessariamente negativa ou positiva, se de um lado ela combina espontaneidade e criatividade, de outro ela pode se manifestar como reações impensadas que privilegiam a chance de um ganho imediato, apesar do risco de conseqüências tardias mais graves. Quando somos crianças e adolescentes a responsabilidade é de nossos pais e tutores. Porém, o controle deve ser transferido progressivamente, de forma que, uma vez adultos e conhecedores de nossa herança e nossa história, caiba a nós a tarefa de equilibrar fragilidade e potencial para conseguir da vida o que ela tem de melhor e ser feliz.
Traduzindo na prática: lembre que apostar pode causar dependência, se ao jogar você perde o controle com freqüência talvez seja aconselhável não se envolver mais com apostas e se um problema com jogo já existir deixe de lado o orgulho, medo, ou vergonha e procure tratamento.
Dr. Hermano Tavares

Por que as pessoas são viciadas em jogos de azar?

Passar o dia no bingo, horas na internet nos sites de poker online, comprometer o orçamento da família para fazer apostas e mesmo assim não se sentir satisfeito. Quanto mais perde, mais quer jogar. Esse círculo vicioso reflete um jogador compulsivo em cena.

Algumas pessoas que são convidadas a participar de uma reunião com a pratica de jogos pode dar início a um processo viciante. Isso porque, segundo a psicanalista Márcia Tolotti, para que uma pessoa consiga identificar o que interfere positiva ou negativamente em sua vida, é fundamental saber que a mente não obedece apenas aquilo que cada um quer. A especialista diz que a mente pode ser comparada a um iceberg, o que está submerso é o inconsciente, muito mais potente e grandioso. “Assim como o iceberg, o psiquismo é um só, porém cada parte possui uma força independente e, na maioria das vezes, contrária”, afirma.

Os jogos tidos como de azar é uma arte que pode ser simplesmente apreciada. Porém, podem se transformar em compulsão. De acordo com o Psiquiatra Hermano Tavares, em entrevista a Folha Online, o que diferencia o jogador compulsivo daquele que tem o hábito de jogar é a vontade de recuperar o que perdeu. “Quando a pessoa tenta jogar para recuperar o que perdeu em apostas anteriores, o jogo perdeu a dimensão do lazer. É aquele arrependimento. Por que o jogador acha que tem de recuperar? O bingo deixou de ser lazer para ser outra coisa.”

Hermano Tavares é presidente da Anjoti, Associação Nacional do Jogo Patológico e Outros Transtornos do Impulso. Para ele, os profissionais de saúde devem encarar o vício no jogo como um problema tão sério quanto a bebida e o cigarro. Uma vez que o vício é identificado o melhor a ser feito é encaminhar o paciente para tratamento adequado.

E a compulsão por jogos de azar esta presente, cada vez mais, na vida dos jovens. Uma estatística preocupante. De acordo com Tavares, 6% de adolescentes já estão envolvidos com jogos de azar. “Se estes 6% entrarem na vida adulta com a marca do jogo compulsivo será um problema com impacto inevitável na vida social e financeira do país. Mas não precisa ser assim, neste caso a informação é a grande arma. A população precisa saber: JOGO DE AZAR PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA E NÃO É PERMITIDO PARA MENORES DE 18 ANOS”, afirma Tavares no site da associação.

Confira um dos artigos do Dr. Hermano Tavares sobre o tema.

Enquete da Semana


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A legalização dos jogos no Brasil

          No Brasil atualmente os jogos são proibidos, o governos alega que o jogo exige uma estrutura de fiscalização de que o país não dispõe, vicia e atrai a corrupção. A Organização Mundial do Turismo e formada por 108 países, e somente em dois é considerado ilegal a jogatina: Brasil e Cuba.   A legalização é uma discussão antiga, que vem desde o Decreto-Lei n° 9.125, de 30 de abril de 1946 que tornou a jogatina ilegal.  Atualmente existem políticos contra e a favor da legalização do jogo no Brasil.

          As justificativas de ser contra a legalização são que os jogos são muito difíceis de se regular, pois normalmente os donos das casas são laranjas e quando se consegue comprovar uma irregularidade relacionado aos impostos sonegados em uma casa de jogo, a empresa fecha e logo depois abre em outro lugar. Outro motivo é que as casas trabalham com produtos contrabandeados e, sendo assim, muitas vezes conseguem manipular a sorte do cliente. Além desses motivos, eles consideram que os jogos de azar condenam as condições morais e religiosas das pessoas.

          O Governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral é a favor da legalização dos jogos de azar, pois considera uma possível fonte de renda para a saúde pública.“Eu acho que o jogo no Brasil, se aberto e legalizado, poderia ser uma fonte de financiamento importante para tanta coisa. Inclusive para saúde. Não se fala tanto em financiamento de saúde? Eu lamento que no Brasil a gente não possa modificar isso e ter jogos legalizados, organizados, controlados e com dinheiro bem aplicado”, disse o governador. Sergio Cabral sugere que a fiscalização e controle dos jogos, funcione nos moldes de outros países em que a jogatina é legalizada.

Entrevista com Olga Câmara

 Olga Câmara, ex-Diretora do Ministério da Justiça, ex-Diretora Geral da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, fala sobrea fiscalização dos jogos.


Arquivo Blog aninhacamelo

Apostando Tudo: As pessoas que frequentam salões de jogos de azar denunciam a atividade à polícia?

Olga Câmara:  Não porque elas têm interesse de manter os salões em funcionamento.

AP: Alguém da família toma alguma inciativa junto à polícia?

OC: Os familiares, sim, porque os usuários de jogos de azar subtraem valores dos familiares para poder atender ao vício.

AP: Por que a polícia não fecha os salões de jogos de azar?

OC: Porque há uma tolerância da lei.

AP: As pessoas que jogam pertencem a qual classe social?

OC: Elas têm muita influência na sociedade.

AP: Por onde começar alguma ação contra os jogos de azar?

OC: No poder legislativo.

AP: Por que?

OC: Para que o poder executivo tenha legislação abrangente sobre jogos de azar, o que não acontece no momento.

Debate sobre a legalização do jogo

Debate no programa "Na Redação" da TV UFMG sobre a legalização dos jogos de bingos no Brasil, com a participação do Deputado Estadual Alencar da Silveira Jr. e o médico psiquiatra foresen Dr. Paulo Roberto Repsold.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

História dos jogos

Quando a espécie humana surgiu no planeta, nasceu junto a ela uma necessidade vital para seu crescimento intelectual, o de jogar. Boa parte dos jogos de apostas dos cassinos norte-americanos veio de outros países. Ao contrário do que muitos pensam, os jogos de azar não tiveram origem nos Estados Unidos. Os vestígios dos primeiros jogos se perdem na história da humanidade. Apesar de todas as dificuldades, os jogos proliferaram pelo mundo e, com o advento das grandes navegações, as culturas se encontraram e trocaram informações, tendo sido nesta época criadas as primeiras empresas de exportação de jogos, passo fundamental para o crescimento do setor. Livros históricos dão conta de que marinheiros jogavam diversos tipos de jogos de tabuleiro em suas demoradas viagens rumo ao desconhecido.


Os cassinos brasileiros surgiram durante o período do Brasil império e só foram ser proibidos pela primeira vez com a consolidação da república, em 1917. Em 1934, os jogos foram, entã,o mais uma vez permitidos por Getúlio Vargas. O motivo da segunda proibição - a de 1946 - era que a exploração do jogo de azar ia contra os princípios morais. Os 12 anos que se passaram entre 1934 até 1946 foram conhecidos como a era de ouro dos cassinos. Neste período, os cassinos se multiplicaram rapidamente, criando milhares de empregos e servindo como atrativo turístico.


Segundo publicação da Revista Veja, os brasileiros são os campeões mundiais em jogos de azar. E os jogos são praticados em diversas modalidades. O presidente da Igreja de Jesus Cristo Gordon B. Hinckley alerta que os jogos de azar podem ser encontrados em quase toda parte e estão crescendo. “As pessoas jogam pôquer, apostam em corridas de cavalos, jogam roleta e usam máquinas caça-níqueis. Reúnem-se em bares, salões e cassinos, e muito freqüentemente em suas próprias casas. Muitos não conseguem parar. O jogo vicia. Em muitos casos ele conduz a outras práticas e hábitos destrutivos”, conclui Hinckley.