terça-feira, 4 de outubro de 2011

JOGO DO BICHO E A FISCALIZAÇÃO


          A ilegalidade do jogo do bicho não preocupa os apostadores que se arriscam todos os dias. Apesar da fiscalização, os pontos são fixos e acessíveis a todos. Os apontadores, pessoas que são responsáveis por anotar as apostas, se revezam de manhã, tarde e noite em diversos locais da cidade. Se for grande a quantidade de pessoas que circulam pelo local, filas são formadas ao redor dos apontadores, que às vezes montam até quiosques e usam cadeiras como estrutura para preencher  os blocos com as sequências numéricas do jogo do bicho.
          O Setor Bancário Sul é um dos lugares preferidos dos apontadores.  É ali que ficam expostos vários blocos de anotação para os clientes conferirem os resultados dos jogos. Os bicheiros criaram um verdadeiro negócio, com serviço telefônico à disposição dos clientes por 24 horas e, por meio de uma gravação, o apostador consegue o resultado dos últimos sorteios.

Fiscalizalição
          A atividade, apesar de acontecer no centro da cidade, comprova que a fiscalização em Brasília é fraca. Os apontadores sofrem flagrantes todos os dias, mas, mesmo assim, continuam atendendo dezenas de pessoas todos os dias.
          Compete à polícia civil investigar sobre a existência de jogos de azar. No Distrito Federal, qualquer delegacia pode atuar contra a contravenção. As diligências se efetuam quando há denúncias, que são raras. A responsabilidade da Polícia Federal é com relação aos crimes fiscais e, no caso dos jogos de azar, quando há lavagem de dinheiro.
           A atual estrutura policial-administrativa tem pouca eficácia para combater os jogos de azar em virtude da legislação limitante, considerando que o próprio Governo Federal é ator no mercado, quando, conforme a Lei, promove jogos conceituados de azar por intermédio da Caixa Econômica Federal.

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